AFINAL É SÓ O COMEÇO
Deveras eu fosse apoteótico,
Sou um simples
poético;
Eu fosse um alguém,
Sou um sem ninguém
tendo alguém.
Quisera ser alguém
que talvez com ninguém,
Não um sem ninguém
como eu;
Um devasso que
mendiga favores,
Quando os outros nem
ai estão com ele.
Até parece, sim, até
parece,
Que o fim já é um
inicio;
Pura ilusão minha.
Afinal é só o começo,
Um começo do meu
gemer;
Um lacrimejar sem
fim.
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Hélio Bulaimo 2018
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