DIDÁTICA TRADICIONAL X PROGRESSISTA

Por: Hélio Bulaimo







Pequena visão panorâmica

Bem, o assunto de didática quanto ao entendimento varia de cultura a cultura. Exemplo disso: a cultura oriental é bem diferente da cultura educacional do ocidente. Eu na África estudei e cresci assistindo e mentalizando uma didática precariamente tradicional, onde eu como aluno concentrava minha visão de saber e de produtividade até a reprodução no professor, aliás, é algo que até o próprio professor se orgulha na sala de aula ante os seus aluno, sendo ele o a pessoa mais sábia de todos e que em nada lhe interessa se o aluno não assimila o que o professor dá como aula. Tá bom, por assim vai a maioria dos povos meus na África em destaque nas aldeias. Agora por se referir algo progressista, ainda há uma grande défice em muitos lugares ou então países do oriente e ocidente.
Minha pequena definição da Didática.
Didática é um campo de interação de saberes movidos entre professor e aluno, ou até entre colegas da escola. É uma troca de experiências no meio acadêmico, escolarizado; pois o conhecimento não se presa no professor, e sim, é um processo interativo entre aluno e professor para uma sociedade estruturalmente educada.
Assunto Didática progressista quanto ao professor hoje.

A visão da escola nova para um professor incutido com a visão tradicional o torna um desafio para os dias atuais no campo ou instituições educacionais. As demandas modernas para a educação levam o professor ou então deveriam levar o professor a ser uma referência própria de problematização das matérias relatadas na sala, cujo aluno irá mais além, reproduzindo e buscando se aprofundar mais e mais. Para ter uma sociedade sadia não se precisa de acadêmicos pesquisadores, muito menos professores com planejamentos de aulas repetitivos e com mentes autocraticamente absolutas. É preciso criar uma sociedade acadêmica altruísta, estudantes que ama o saber, e não presos na jaula do medo e do pessimismo, e professores/educadores pensantes e interativos para uma difusão de transformação e edificação das gerações próximas. Só um parêntesis aqui (O amor é decisão de precisão e vontade), sendo que, se precisamos ter e ver uma sociedade alicerçada numa docência sadia ou processo educacional progressista, é necessário ter o espirito altruísta e construtivo nas salas de aula. Esse não pode ser o tempo de pararmos e só se basearmos no que a tradição nos ensinou. Amo dizer que, a tradição é a força viva dos que morreram, e o tradicionalismo é a força morta dos que vivem. O professor tradicional não que não contribui para algo, creio eu que ele ajuda somente a criar os pilares, mas não tem visão do desenvolvimento criativo quanto a educação, por sua mente estar cicatrizada pelas marcas educacionais da escolástica ou do passado. Ele não entende o seu futuro, não sabe que, o estudante do presente, precisa de uma interação e estimulo para começar o processo de reprodução e desenvolvimento educacional tanto atualmente, como posteriormente. Um professor com boa prática liberal e progressista educacional contribui muito para a construção de uma sociedade reprodutora, pois ele não é ditador de opinião, e sim, estimulador do aluno, um democrático em ideias e altruísta.
Visão progressista quanto ao aluno hoje.
Bem, como de exordio do meu comentário eu fiz breve citação do contexto de variedade educacional em cada cultura, quero aqui ajudar também no que for necessário a essa visão da didática transcultural acadêmico.  No mundo existem sociedades formadas em classes, onde o filho de pobre nasce pobre e morre pobre, o filho do rico, nasce rico e morre rico; o filho de empregado, nasce como empregado e morre empregado; o filho de um acadêmico, nasce acadêmico e morre acadêmico. Até hoje existem essas sociedades, em algumas aldeias da índia, e em algumas sociedades africanas, creio eu também que aqui no ocidente existe isso. Mas no que tange, a esse tipo de sociedade a didática é precária, pois, os profissionais educadores, são apenas procriadores, não são produtores. Exemplo disso: um pais cuja profissão é a pesca ou carpintaria, o maior legado educacional que ele vai querer deixar no filho será a pesca e a carpintaria. A visão de ensino é limitada, há escassez de escolas e educadores produtores e inquietos. Por ser assim, acabam produzindo alunos neófitos e uma sociedade miseravelmente conspurcada no saber. Em algumas vezes que ensino a lição de Inglês na escola do ensino fundamental e médio aqui no Brasil, tenho assistido professores que nada produzem, senão a dependência total do que já é produzido pelos outros autores, chamo isso de "Vicio plagiano”, isto é, produção de acadêmicos neófitos ou improdutivos, com alto índice de dependência da colagem da obra intelectual do outrem. Se continuar desse jeito a situação educacional moderna no brasil, não merece ser chamada de moderna pelo alto índice de tecnologia e equipamentos sofisticados, e sim, de tradicional pelo vicio plagiano educacional. Quanto aos alunos, é necessário haver despertamento mental, abrir uma nova janela de oportunidade e auto segurança no aluno, para que saiba que aluno não precisa se presar só no professor, ele também pode ser uma grande ajuda pra o seu professor.
Conclusão
Esta é a minha pequena contribuição nesta matéria, espero ser coerente no que falei, de lembrar que estou disposto a toda crítica, pois assim eu aprendo muito mais para um dia ajudar a minha África, e muito mais pessoas no mundo. Mas no entanto, é uma preocupação que também tenho, de ver a educação sendo um dispositivo do bem na sociedade, uma interação não do super contra o fraco na sala, e sim do professor, aluno e colegas no campo acadêmico, escolarizado. Em nada sou contra a verdade, senão pela verdade. 

Grato pela atenção!
Autor: Hélio Bulaimo.


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